Peço desculpas para aquelas pessoas que não acham hoje um dia especial e vou dar a minha opinião sobre isso.
Todo dia tem que ser único. Todo dia tem que ser especial.
Nós mulheres somos importantes e indispensáveis diariamente, ou no trabalho, ou em casa, ou em qualquer outro lugar. E nem por isso esperamos todos os dias esse super reconhecimento. O que queremos é ser feliz e fazer feliz. É esse o objetivo de uma boa mulher. Aquela que casa, quer ter uma casa feliz, um marido tranquilo, filhos sorridentes, faceiros, saudáveis...Aquela que estuda, quer boas notas, conhecimento e um futuro. Aquela que trabalha quer fazer a diferença, marcar e garantir o seu lugar.
Não esperamos que todos os dias nos digam o quanto somos importantes, por mais que isso seja muito bom. Só que o dia 8 de março é o dia em que o mundo para pra pensar em tudo que estamos fazendo, o que estamos conquistando e como conseguimos fazer tudo, sem deixar de ser mulher.
Como conseguimos trabalhar com cólicas, sorrir para o cliente mesmo quando a TPM bata à nossa porta, andar de salto neste calor que faz o pé inchar ou usar meia calça o dia todo no inverno.
Fazer comida, estar perfumada, se cuidar, ajudar os outros e nos ajudar.
O dia 8 de março é o dia do mundo parar e entender isso. Reconhecer que chegamos lá e que queremos muito mais.
Atrevo-me a utilizar um texto da Martha Medeiros sobre mulheres...
o título é MULHERÃO.
Peça para um homem descrever um mulherão. Ele imediatamente vai falar do tamanho dos seios, na medida da cintura, no volume dos lábios, nas pernas, bumbum e cor dos olhos. Ou vai dizer que mulherão tem que ser loira,1,80m, siliconada, sorriso colgate. Mulherões, dentro deste conceito, não existem muitas. Agora pergunte para uma mulher o que ela considera um mulherão e você vai descobrir que tem uma a cada esquina.
Mulherão é aquela que pega dois ônibus por dia para ir ao trabalho e mais dois para voltar e quando chega em casa encontra um tanque lotado de roupa e uma família morta de fome. Mulherão é aquela que vai de madrugada para a fila garantir matricula na escola e aquela aposentada que passa horas em pé na fila do banco para buscar uma pensão de 100 Reais.
Mulherão é a empresária que administra dezenas de funcionários de segunda a sexta, e uma família todos os dias da semana. Mulherão é quem volta do supermercado segurando várias sacolas depois de ter pesquisado preços e feito malabarismo com o orçamento. Mulherão é aquela que se depila, que passa cremes, que se maquia, que faz dieta, que malha, que usa salto alto, meia-calça, ajeita o cabelo e se perfuma, mesmo sem nenhum convite para ser capa de revista. Mulherão é quem leva os filhos na escola, busca os filhos na escola, leva os filhos para a natação, busca os filhos na natação, leva os filhos para a cama, conta histórias, dá um beijo e apaga a luz. Mulherão é aquela mãe de adolescente que não dorme enquanto ele não chega, e que de manhã bem cedo já está de pé, esquentando o leite.
Mulherão é quem leciona em troca de um salário mínimo, é quem faz serviços voluntários, é quem colhe uva, é quem opera pacientes, é quem lava roupa pra fora, é quem bota a mesa, cozinha o feijão e à tarde trabalha atrás de um balcão. Mulherão é quem cria filhos sozinha, quem dá expediente de oito horas e enfrenta menopausa, TPM, menstruação. Mulherão é quem arruma os armários, coloca flores nos vasos, fecha a cortina para o sol não desbotar os móveis, mantém a geladeira cheia e os cinzeiros vazios. Mulherão é quem sabe onde cada coisa está, o que cada filho sente e qual o melhor remédio pra azia.
À todas as mulheres, amigas, mães, avós, filhas que estão por aí, em especial às minhas amigas, tias, dinda, mãe e avós que são mulherões com M maiúsculo, que fazem tudo sem sair do salto e com um belo sorriso no rosto.
Um feliz Dia Internacional da Mulher para nós.